Campanha internacional pede orações pelas vítimas
Centenas de crianças e adolescentes cristãs são sequestradas, estupradas e vendidas por muçulmanos na Nigéria, o mundo se revolta.
Johanesburgo, 4 mai (EFE).- Uma das meninas sequestradas na Nigéria supostamente pelo grupo islâmico radical Boko Haram que conseguiu escapar denunciou que as reféns mais jovens são vítimas de até 15 estupros por dia, segundo o portal local 'The trent'.
A menor, uma das dezenas de meninas que foram raptadas em 14 de abril em uma escola de Chibok, no nordeste da Nigéria, afirmou que devido a sua virgindade ela foi entregue como esposa a um dos líderes da seita islâmica. Segundo seu depoimento, os sequestradores obrigaram as meninas a se converterem ao islamismo e ameaçavam degolá-las se negassem fazer sexo ou não seguissem suas instruções.
Após serem sequestradas no colégio, as crianças (dezenas das quais seguem em cativeiro) foram levadas a um campo da milícia fundamentalista na floresta de Sambisa, no estado de Borno, no norte do país e base espiritual e de operações do grupo.De acordo com organizações de direitos humanos, as menores foram obrigadas a se casar e, em alguns casos, os sequestradores as venderam como esposas por duas mil nairas cada uma (pouco menos de R$ 30).
Desde o dia 14 de abril, mais de 200 jovens estão desaparecidas. Elas
foram levadas de um internato em Chibok, cidade do Estado de Borno, na
Nigéria. Seus sequestradores pertencem ao grupo radical islâmico Boko
Haram, famoso por perseguir e matar os cristãos nigerianos.Johanesburgo, 4 mai (EFE).- Uma das meninas sequestradas na Nigéria supostamente pelo grupo islâmico radical Boko Haram que conseguiu escapar denunciou que as reféns mais jovens são vítimas de até 15 estupros por dia, segundo o portal local 'The trent'.
A menor, uma das dezenas de meninas que foram raptadas em 14 de abril em uma escola de Chibok, no nordeste da Nigéria, afirmou que devido a sua virgindade ela foi entregue como esposa a um dos líderes da seita islâmica. Segundo seu depoimento, os sequestradores obrigaram as meninas a se converterem ao islamismo e ameaçavam degolá-las se negassem fazer sexo ou não seguissem suas instruções.
Após serem sequestradas no colégio, as crianças (dezenas das quais seguem em cativeiro) foram levadas a um campo da milícia fundamentalista na floresta de Sambisa, no estado de Borno, no norte do país e base espiritual e de operações do grupo.De acordo com organizações de direitos humanos, as menores foram obrigadas a se casar e, em alguns casos, os sequestradores as venderam como esposas por duas mil nairas cada uma (pouco menos de R$ 30).
As estudantes tinham entre 16 e 18 anos, e se tornaram o mais novo símbolo de uma campanha internacional contra o tráfico humano. O governo nigeriano já se mostrou impotente para combater o Boko Haram, que não aceita que mulheres tenham acesso à educação.
A mídia internacional tem falado sobre o sequestro sem parar. As notícias mais recentes dão conta que elas foram levadas para os países vizinhos: Chade e Camarões. Ali, foram vendidas por cerca de US$ 15 (35 reais). Algumas se tornaram esposas de quem as comprou, outras são escravas sexuais.
O elemento mais chocante desse história triste veio à tona neste final de semana, quando o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, gravou um vídeo onde explica: “Alá me disse para vendê-las, elas são propriedades Dele. Vou fazer o que ele me pediu”. Todas as meninas eram cristãs e o fato de um líder islâmico ter colocado isso como vontade de Deus gerou protesto de vários grupos que lutam contra a perseguição religiosa no mundo.
Também surgiu relato de uma jovem que conseguiu fugir. Ela conta que algumas dessas meninas foram vítimas de estupros coletivos, cerca de 10 vezes por dia. Deborah Sanya, de 18 anos, conta que conseguiu escapar mesmo arriscando ser morta pelos muçulmanos. Ela passou a noite num bosque junto com outra menina que fugiu com ela. Seu testemunho tem oferecido detalhes terríveis do que está por trás desse ato covarde.
Tomados pelo desespero, cristãos nigerianos saíram às ruas no dia 1º de maio para protestar. Eles exigem que o governo tome atitudes enérgicas e resgate as jovens. Mesmo assim, nada de concreto foi feito. Há mais de uma década, os militantes do Boko Haram usam da religião para tentar derrubar o governo e estabelecer um Estado islâmico na região.
Algumas fontes afirmam que o número de sequestradas é de 220, enquanto outros apontam para até 270. Não se sabe quantas estão vivas. A Associação Cristã da Nigéria, um dos maiores grupos a reunir igrejas no país tem feito campanhas de jejum e oração pelas jovens e pedem auxílio nesse sentido a todos os cristãos do mundo.
Com informações The Guardian, CNN e World Watch Monitor
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