Aborto e homossexualismo: ex-ministro José Dirceu (PT) diz que quem dá guarida a certos ‘setores evangélicos’ presta desserviço à democracia
Dirceu critica tentativa de barrar o aborto e leis pró-homossexuais.
Mal assentou a poeira levantada por Gilberto Carvalho (homem forte do PT), Secretário Geral da Presidência da República, que teria sugerido no Fórum Social em Porto Alegre, em janeiro/2012, que o PT confronte as mensagens conservadoras pregadas pelos pastores evangélicos, outro petista surge com mais polêmica.
Em mensagem postada hoje (01/mar) em seu blog, o deputado cassado e ex-Ministro Chefe da Casa Civil José Dirceu (PT) – foto – criticou aqueles que politizaram o tema aborto em 2010, por ocasião da eleição presidencial e também, em 2011, o kit gay, proposto pelo MEC sob a gestão de Fernando Haddad, atual candidato do PT à Prefeitura de São Paulo.
Para Dirceu, o ex-Ministro da Educação está certo quando taxou de “torpe” a maneira como as discussões em torno do tema ‘kit gay’ foram encaminhadas e aproveitadas politicamente.
“Haddad ressaltou que o kit anti-homofobia surgiu de uma demanda de emenda parlamentar. Ainda assim, devido às críticas da bancada evangélica contra a distribuição do material nas escolas, a iniciativa foi suspensa. Segundo o ex-ministro, no entanto, o kit foi usado em cursos de formação de professores”, escreveu o ex-Chefe da Casa Civil.
José Dirceu destacou que não se deve recuar ante ao que chamou de “violência” e “chantagem” de certos setores evangélicos que querem patrulhar todas as políticas públicas com relação às questões do aborto e da homossexualidade.
Para Dirceu, esses grupos evangélicos querem impor ao Brasil uma visão preconceituosa e repressiva e aqueles que lhes dão guarida, prestam um desserviço à democracia e à convivência social.
Mesmo sem ocupar um cargo no legislativo ou executivo, José Dirceu é um dos homens mais fortes dentro do PT, com muita influência.
Aproveitando sua força dentro do PT, José Dirceu tem sido cortejado por algumas pessoas. Foi o que ocorreu recentemente, quando ele recebeu uma carta (por e-mail) assinada por Toni Reis, presidente da ABGLT, tecendo-lhe elogios por sua luta em prol dos ideais dos LGBT e conclamando-o a continuar sua lutar pela agenda LGBT.
Um dos trechos da carta escrita por Reis, diz:
“Estamos realmente preocupados com o rumo que está tomando a discussão sobre os direitos das pessoas LGBT no Brasil, particularmente no último ano no executivo e legislativo:
-o projeto de criminalização da homofobia está parado no Congresso Nacional.
-houve um veto explícito do material educativo do projeto Escola sem Homofobia, do Ministério da Educação, pela própria presidenta Dilma.
-houve, agora, um veto/censura à campanha de prevenção de Aids no Carnaval, segundo consta, novamente determinado pela presidenta Dilma.
Estes são apenas três exemplos de retrocesso na caminhada pela garantia da igualdade entre todas as pessoas, no combate à violência, ao preconceito, à discriminação.
Como diria nosso querido Lula: “nunca antes neste país” o governo federal foi tão pautado por posições das bancadas religiosas fundamentalistas, que não têm compromisso com os direitos humanos”.
COMENTÁRIO:
A candidatura Haddad (foto) – proposta por Lula – receberá uma enxurrada de críticas. O ex-Ministro da Educação tem muitas explicações a dar à sociedade brasileira sobre fatos que ocorreram no MEC durante sua gestão, a saber:-os diversos problemas ocorridos durante a aplicação das provas do ENEM;
Ao dizer que setores evangélicos colocam em risco a democracia, o ex-deputado cassado José Dirceu blefa e provoca os evangélicos.
Porventura, opor-se ao assassinato de bebês em gestação é um risco à democracia?
Ser contrário a leis que privilegiam alguns cidadãos em detrimento de outros, como é o caso das propostas dos ativistas gays, é colocar em risco a democracia?
É risco à democracia, o combate à distribuição do kit pró-homossexualismo do MEC para crianças de escolas públicas?
Na verdade, a preocupação de Dirceu é que seu candidato Haddad está em um beco sem saída. Quando ele tenta mostrar-se contra o ‘kit gay do MEC’ para tentar convencer alguns desavisados, recebe pedras do ativismo gay. Quando ele se mostra favorável ao ‘kit gay do MEC’, recebe uma saraivada de críticas de vários setores da sociedade.
Será que os petistas pensaram que usariam os cristãos para chegarem ao poder e depois os atropelaria para enfim implantar seus ideais?
A propósito, já é sabido que Haddad anda querendo aproximar-se de líderes evangélicos em São Paulo para tentar explicar o inexplicável, o kit gay. Espera-se que nenhum líder caia na conversa dele. Estamos de olhos bem abertos.
Holofote neles!
Sob a égide Deus, o Brasil não sucumbirá.
“Feliz é a Nação cujo Deus é o Senhor”
“Feliz é a Nação cujo Deus é o Senhor”
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