Estudiosos acreditam que Colombo era um “marrano”, um cristão-novo que professava secretamente o judaísmo
Historiadores afirmam que cinco indícios da verdadeira fé do explorador podem ser encontrados em seu último testamento
Uma nova teoria sugere que Colombo estaria procurando um refúgio para os judeus perseguidos e exilados da Espanha
Colombo era descrito como um homem “profundamente religioso” e comprometido com a causa da libertação da Terra Santa de Israel
Kerry Mcqueeney
Ele era um explorador destemido, liderando heroicamente a sua tripulação ao desconhecido, zarpando para o Novo Mundo em uma viagem de descobertas.
Escondendo sua fé? Estudiosos apresentaram uma fascinante teoria sobre a verdadeira religião de Cristóvão Colombo |
Em 20 de maio, dia que marca o 508º aniversário da morte do explorador, estudiosos afirmaram que existem provas convincentes de que Cristóvão Colombo era um cristão-novo que escondia sua verdadeira fé judaica para sobreviver à Inquisição espanhola.
Em busca de refúgio? Uma ilustração de Cristóvão Colombo pisando em solo americano pela primeira vez... mas estaria ele em busca de uma pátria judaica? |
Além do seu lendário status de explorador, Colombo era descrito como um homem profundamente religioso e comprometido com a causa da libertação de Jerusalém dos muçulmanos.
Questão de fé: A Inquisição espanhola torturou dezenas de milhares de Marranos, que eram obrigados a denunciar outros nomes, incluindo amigos e parentes. |
Como parte de uma perseguição religiosa fanática, foi proclamado pela Rainha Isabel e pelo Rei Fernando em março de 1492 que todos os judeus fossem expulsos da Espanha.
A medida visava principalmente os 800.000 judeus que se recusaram a se converter ao catolicismo e receberam um prazo de apenas quatro meses para sair do país.
O restante dos judeus da Espanha se dividia em dois grupos: Os “conversos”, convertidos que abraçaram o catolicismo e renunciaram ao judaísmo, e os “marranos” (que significava “porcos”), que fingiram a conversão e continuavam com as suas antigas práticas religiosas.
A Inquisição espanhola torturou dezenas de milhares de marranos, que eram obrigados a denunciar outros nomes, incluindo amigos e parentes.
Os marranos que tinham suas vidas secretas expostas eram exibidos ao público, amarrados em estacas e queimados vivos enquanto a Coroa e a Igreja Católica repartiam entre si suas terras e posses.
Acredita-se que Colombo era um marrano, e que manter em segredo a sua herança judaica era crucial para sua sobrevivência.
Os estudiosos acreditam que ele deixou indícios curiosos da sua real procedência religiosa ao morrer, de acordo com reportagem da CNN.
Cinco disposições descobertas no último testamento de Colombo, assinado pelo explorador em 19 de maio de 1506, de acordo com os estudiosos, apontam que ele era judeu.
A Terra Santa: Colombo foi descrito como um homem profundamente religioso e comprometido com a libertação de Jerusalém em Israel.
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Ele também deixou uma quantia não revelada para ajudar na cruzada para libertar a Terra Santa, além de deixar fundos para um judeu que morava à entrada do bairro judeu em Lisboa.
Talvez a pista mais fascinante esteja na própria assinatura de Colombo, afirmam os estudiosos.
O explorador utilizava uma série de letras e pontos que formavam um triângulo, que se parecia com inscrições encontradas nas lápides de cemitérios judaicos na Espanha, que ele ordenou que seus herdeiros utilizassem.
Cecil Roth, historiador inglês que escreveu o livro História dos Marranos, acredita que a assinatura reproduzia ocultamente uma oração judaica, o kadish (Oração dos Mortos), que costuma ser recitado em uma sinagoga por pessoas em luto pela morte de um membro próximo da família.
Acredita-se que isso teria permitido aos filhos de Colombo que recitassem o kadish para o pai após sua morte.
Outro historiador, Simon Weisenthat, afirma em seu livro Velas da Esperança que o motivo por trás da viagem de Colombo era encontrar uma pátria e um refúgio para os judeus após seu exílio forçado da Espanha.
Os estudiosos afirmam que, ao contrário da crença popular, a expedição não foi financiada pela Rainha Isabel, mas por três judeus influentes, que juntos lhe deram 17.000 ducados, de acordo com reportagem da CNN.
A teoria é apoiada, afirmam, pela descoberta das duas primeiras cartas escritas por Colombo, que foram enviadas aos seus “patrocinadores” em vez do casal real, revelando o que havia descoberto e agradecendo-lhes pelo apoio.
INDÍCIOS DE UM JUDAISMO SECRETO?
Historiadores afirmam que há pistas fascinantes que apontam que Colombo seria judeu.
Duas disposições feitas no seu testamento eram costumes judaicos: Deixar um décimo da sua renda aos pobres e fornecer um dote anônimo para jovens que não tinham condições de pagá-lo.
Ele deixou uma quantia não divulgada para financiar a Cruzada para libertar a Terra Santa.
Ele também enviou fundos a um judeu que vivia à entrada do bairro judeu de Lisboa.
Ele instruiu seus herdeiros a utilizarem uma assinatura de pontos e letras em formato triangular, que imitava uma oração judaica.
Sua famosa viagem foi financiada, não pela rainha da Espanha, mas por três judeus influentes, e foi a eles que Colombo enviou as primeiras notícias sobre o progresso da expedição.
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