sexta-feira, 16 de março de 2012

Governador do Rio Sergio Cabral manda polícia arrancar a força pequenos proprietários rurais para darem suas terras a Elke Batista

Produtores rurais são retirados à força de terras em São João da Barra
Policiais e oficiais de justiça cumprem os mandados de reintegração de posse no início da tarde desta terça-feira

A Polícia Militar e Oficiais de Justiça cumprem, no início da tarde desta terça-feira (13/03), mandados de reintegração de posse em terrenos próximos ao Porto do Açu, em São João da Barra. Cerca de 40 PM's estão no local desde às 5h. Segundo a assessoria de imprensa da Companha de Desenvolvimento Industrial do Estado, as últimas famílias que ocupam áreas da Codin estão sendo retiradas.

Mais de 40 homens da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros deram suporte aos cumprimentos de mandados de desapropriações de terra. Três propriedades rurais do 5º distrito de São João da Barra foram ocupadas pelo governo do estado na manhã desta terça (13). Neste terreno, as máquinas destruíram as plantações e demoliram uma casa.

O dono da terra entrou em desespero e tentou impedir a passagem de uma retroescavadeira. O produtor rural foi preso pela Polícia Militar por desobediência e resistência. O homem foi algemado e levado para o carro da Polícia. Veja o vídeo




Em outra propriedade, a família recusa a permitir a entrada dos Oficiais de Justiça. É um momento de muita tensão. Os oficiais estão tentando convencer a família a entregar a terra.

Os trabalhadores rurais tentaram uma última negociação. Depois de quase uma hora de conversa, os Oficiais conseguiram entrar na área para descrever os bens patrimoniais da família. O dono da terra estava em casa inconsolável. S. Antônio Toledo sofre com a perda da terra que aprendeu a amar.
A Companhia de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro informou que as famílias estão sendo reassentadas e que recebem auxílio produção no valor que varia de um a cinco salários mínimos.

De um lado produtores rurais que vivem no local há anos, até mesmo décadas. Do outro, o desenvolvimento batendo à porta. Todo esse impasse começou no início do ano passado.

São cerca de 400 desapropriações para a construção do distrito industrial. Muitos produtores rurais não concordam com esse processo. Não querem deixar as terras. Por diversas vezes, eles fizeram manifestações e interditaram a estrada que dá acesso ao Porto do Açu.

COMENTÁRIO VINI SILVA

Dá para entender agora como se chega a ser o 8° homem mais rico do mundo...
Hoje, pequenos agricultores de São João da Barra foram expulsos de suas terras, tiveram suas casas e lavouras destruídas e um deles foi detido por resistir! 

Esta é a ação do Governo do Estado (ou seria desgoverno?), através da Companhia de Desenvolvimento Industrial (CODIN), ligada a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, deu-se para construção do Complexo Industrial do Super Porto do Açú de Eike Batista. 

Retira-se as terras de pequenos agricultores e repassa para a LLX de Eike Batista.

É o Estado a serviço dos interesses econômicos do grande e obscuro capital. Vivemos hoje em um estado de exceção – ditadura – antes a ditadura militar – agora a ditadura mafiosa, corrupta e arrogante deste desgoverno do maior criminoso e mau caráter que já passou pelo Palácio Guanabara. Faz parecer a “Cosa Nostra”, Siciliana, coisa de amadores. Pena que o último enforcamento no Brasil deu-se aos 06 de Março de 1855 com a execução de Manoel da Motta Coqueiro - a “Fera de Macabu”, sentença esta que também cairia muito bem na “Fera do Palácio Guanabara”... 

Desenvolvimento para quê? 
Desenvolvimento para quem?
Qual o custo social deste desenvolvimento?
Que país é este?

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